domingo, 29 de janeiro de 2012

Pronto Falei na Aula de Historia Revolução Francesa ( parte final) Período Napoleônico


O Período Napoleônico pode fragmentar-se em três partes:

 O Consulado, o Império e o Governo dos Cem dias.





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A Era Napoleónica teve início em 1799 com o Golpe 18 de Brumário ( aacordo com a alta burguesia)  e caindo este império na data de 1815 com a Batalha de Waterloo na qual Napoleão é derrotado pelas tropas inglesas.
  
Consulado

Medidas para combater crise no país:
- fortalecimento do governo (medidas energéticas)
- fim das greves
- banco estatal
- fim das guerras “tratados”
- proibir a fuga de capitais
- criar liceus
- Napoleão tornou-se cônsul vitalício (ditadura)
- reorganizar o exército
- plebiscito (sim /não) – aprovar as “leis”
- nova constituição

Resenha

O governo do consulado de Napoleão foi instalado após a queda do Diretório. O consulado possuía características republicanas, além de ser centralizado e controlado pelos militares.
No poder Executivo, havia três pessoas que eram responsáveis: os cônsules Roger Ducos, Emmanuel Sieyès e o próprio Napoleão.
Apesar da presença de outros dois cônsules, quem mais tinha força e poder no Executivo era Napoleão, que foi eleito primeiro-cônsul da República.
Novas instituições foram criadas com a Constituição de Dezembro de 1799, com cunho democrático, eram criadas para disfarçar o seu centralismo no poder.
As instituições criadas foram o Senado, Tribunal, Corpo Legislativo e o Conselho de Estado. Mas o responsável pelo comando do exército, pela política externa, pela autoria das leis e quem nomeava os membros da administração era o primeiro-cônsul (Napoleão Bonaparte).
Quem estava no centro do poder na época do consulado era a burguesia (os industriais, os financistas e comerciantes), e consolidaram-se como o grupo dirigente na França.
Os ideais "liberdade, igualdade, fraternidade", da época da Revolução Francesa foram abandonados, e através da forte censura à imprensa e ação violenta de órgãos policiais, a oposição ao governo foi destruída. Reforma dos setores do governo francês
Durante o período do consulado, uma recuperação económica, jurídica e administrativa ocorreu em França. Napoleão realizou diversos feitos em áreas diferentes durante este período.

-Economia - o Banco da França foi criado, em 1800, controlando a emissão de moedas, reduzindo a inflação. As tarifas impostas eram protecionistas (ou seja, com aumento de impostos para a importação de produtos estrangeiros), o resultado geral foi uma França com comércio e indústria fortalecidos, principalmente com os estímulos a produção e consumo interno.

-Religião - com o objetivo de usar a religião como instrumento de poder político, Napoleão assinou um acordo, o Tratado (1801), entre a Igreja Católica e o Estado. O acordo sob aprovação do papa, dava o direito do governo francês de confiscar as propriedades da Igreja, e em troca, o governo teria de apoiar o clero. Napoleão reconhecia o catolicismo como a religião da maioria dos franceses, mas dava o direito de escolher bispos, que mais tarde seriam aprovados pelo papa.
-Direito - o Código Napoleónico, um código civil, foi estabelecido, representando em grande parte interesses dos burgueses, como casamento civil (separado do religioso), respeito à propriedade privada, direito à liberdade individual e igualdade de todos perante à lei.

-Educação - o ensino foi restaurado e a preferência foi a formação do cidadão francês. A educação pública foi reconhecida como importante meio de formação das pessoas, principalmente nos aspectos do comportamento moral, político e social.

-Administração - pessoas da confiança de Napoleão eram indicadas aos cargos administrativos.

Após uma década de conflitos gerais no país, com a Revolução Francesa, as medidas aplicadas deram para o povo francês a esperança de uma estabilização do governo. Os resultados obtidos neste período do governo de Napoleão agradaram à elite francesa.
Com o apoio destas, Napoleão foi elevado ao nível de cônsul vitalício em 1802, podendo indicar seu sucessor. Esta realização implicou na instituição de um regime monárquico.

Império
Plebiscito realizado em 1804, 60% dos votos aprovada o regime monárquico que foi reinstituído na França.
-Coroado “Imperador” Napoleão
*concentração de poderes na mão de Napoleão, é uma forma de absolutismo.

- política externa agressiva guerras
- expandir ideais iluministas
- ampliar mercados franceses
-1806 – decreto Berlim (bloqueio continental)
*Portugal x Espanha
-1812, Rússia | invadida | início do fim | tática dos russos (terras destruídas) – incêndios derrota Rússia
-Queda do “mito” invencível
-Nova coligação militar derrota Napoleão que abdicou trono imperador, governa Ilha Elba (exílio).

Resenha

A opinião pública foi mobilizada pelos apoiadores de Napoleão, que levou à aprovação para a implantação definitiva do governo do Império. Em plebiscito realizado em 1804, a nova fase da era napoleónica foi aprovada com quase 60% dos votos, e o regime monárquico foi reinstituído na França, e Napoleão foi declarado para ocupar o trono.
Foi realizada uma festa em 2 de Dezembro de 1804 para formalizar a coroação do agora Napoleão I na catedral de Notre-Dame. Um dos momentos mais marcantes da história ocorreu nesta noite, onde um ato surpreendente, Napoleão I retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que tinha viajado especialmente para a cerimónia, e ele mesmo se coroou, numa atitude para deixar claro que não toleraria alguma autoridade superior á dele. Logo após também coroou sua esposa, a imperatriz Josefina.
Títulos de nobreza foram concedidos aos familiares de Napoleão, por ele mesmo. Além disso, colocou-os em altos cargos públicos. Uma nova corte com membros da elite militar, da alta burguesia e da antiga nobreza foi formada. Para celebrar os triunfos de seu governo, Napoleão I construiu monumentos grandiosos, como o Arco do Triunfo.
O Império Francês atingiu sua extensão máxima neste período, em torno de 1812, com quase toda Europa Ocidental e grande parte da Oriental ocupadas, possuindo 150 departamentos, com 50 milhões de habitantes, quase um terço da população europeia da época.
Neste período, Napoleão realizou uma série de batalhas para a conquista de novos territórios para França. O exército francês aumentou o seu número de armas e combatentes, e tornou-se o mais poderoso de toda a Europa.
Pensando que a expansão e o crescimento económico e militar da França era uma ameaça a Inglaterra, os diplomatas ingleses formaram coligações internacionais para se opor ao novo governo francês e ao seu expansionismo.
Também acreditavam que o governo francês poderia influenciar países que estavam sob o sistema absolutista e assim causar uma revolta. A primeira coligação formada para deter os franceses era constituída pela: Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia.
Em Outubro de 1805, os franceses usaram a marinha para atacar a Inglaterra por mar, mas não tiveram sucesso, derrotados pela marinha inglesa, comandada pelo almirante Nelson, batalha que ficou conhecida como Batalha de Trafalgar, firmando o império naval britânico.
Ao contrário do fracasso com os ingleses, os franceses venceram os seus outros inimigos da coligação, como a Áustria, em 1805, na Batalha de Austerlitz, além da Prússia em 1806 e Rússia em 1807.

Bloqueio Continental

Na busca de outras maneiras para derrotar ou enfraquecer os ingleses, o Império Francês impôs o Bloqueio Continental em 1806, onde Napoleão impunha que todos os países europeus deveriam fechar seus portos para o comércio com a Inglaterra, enfraquecendo as exportações do país e causando uma crise industrial.
Um problema que afetou muitos países que participaram do Bloqueio continental era que a Inglaterra, que já tinha passado pela Revolução Industrial, estava com uma firme produção de produtos industriais, e muitos países europeus ainda não possuíam produção industrial própria, e dependiam da Inglaterra para importar este tipo de produto, em troca de produtos agrícolas.
A França procurou-se beneficiar no Bloqueio continental com o aumento da venda dos produtos produzidos pelos produtores franceses, aumentando as exportações dentro da Europa e no mundo. A fraca quantidade de produtos manufacturados deixou alguns países sem recursos industriais.

Fuga da Família Real portuguesa para o Brasil

O governo português dependia muito da Inglaterra para seus negócios, e abdicar da importação de produtos industriais ingleses não deixaria a situação fácil. Pressionados por Napoleão, os portugueses não tiveram escolha: como não podiam abandonar os negócios que tinha com a Inglaterra, não participarão do Bloqueio Continental.
Insatisfeito com a decisão portuguesa, o exército francês começou a dirigir-se a Portugal. Sem alternativas de negociação e sabendo nobreza francesas, arma uma conspiração para dar um golpe de Estado contra o imperador.
Napoleão regressa imediatamente a Paris e controla a situação que não teria como vencer as tropas, a Família Real portuguesa, incluindo o príncipe-regente D. João VI, que chefiou a operação, fugiu para o Brasil, instalou e operou o governo português diretamente de lá, do Rio de Janeiro em 1808.
Quase 10 mil pessoas fugiram para o Brasil, transferindo praticamente todo o quadro do aparelho estatal. Além de pessoas do governo muitos nobres, comerciantes ricos, juízes de tribunais superiores, entre outros, vieram junto. O exército de Napoleão atravessou Portugal sem encontrar uma só resistência.

Derrota francesa na Rússia

Em 1812, a aliança franco-russa é quebrada pelo czar Alexandre, que rompe o bloqueio contra os ingleses. Napoleão empreende então a campanha contra a Rússia. Entra em Moscovo e, durante a retirada, o frio e a fome diminui grande parte do Exército francês. Enquanto isso, na França, o general Malet, apoiado por setores descontentes da burguesia.
Tem início então a luta da coalizão europeia contra a França. Com a capitulação de Paris, o imperador é obrigado a abdicar.
França retorno Bourbons (Luís XVIII) volta da monarquia e não absolutismo.

Congresso de Viena (1815) - Com a derrota de Napoleão, as potências Européias (Inglaterra, Rússia, Áustria e Prússia) apoiavam o princípio de legitimidade (vontade de Deus), isto é, defendiam a restauração do absolutismo (obs.: A Inglaterra era liberalista, mas queria derrubar Napoleão, depois ela sai), assim sendo o Congresso formou um braço armado, força militar inspirado na santíssima trindade.
SANTA ALIANÇA objetivo era evitar novas revoluções burguesas, promoveu o exílio de Napoleão que abdica o trono em 1914 (exilado na Ilha de Elba, junto com 600 dos seus soldados)
França tem o RETORNO DA MONARQUIA * dinastia dos Bourbons o LUÍS XVIII - (irmão de Luís XVI, o XVII era seu filho e morreu). Luís XVIII enfrenta forte oposição.
Napoleão foge para a França e é saudado como herói, o rei foge para a Inglaterra.

Governo dos Cem Dias

Napoleão da ilha de Elba, de onde foge desembarca na França com um Exército e reconquista o poder. Inicia então o Governo dos Cem Dias. A Europa reunida prossegue a sua luta contra o Exército francês. Napoleão entra na Bélgica em Junho de 1815, mas é derrotado pelos ingleses na Batalha de Waterloo e renuncia pela segunda vez, pondo fim ao Império Napoleónico.

Exílio em Santa Helena e morte

Napoleão foi preso e então exilado pelos britânicos na ilha de Santa Helena em 15 de Outubro de 1815. Lá com um pequeno legado de seguidores, contava as suas lembranças e criticava aqueles que o capturaram. Quando faleceu, em 5 de Maio de 1821, suas últimas palavras foram: "França, o Exército, Josefina".
Em 1955, através de documentos escritos, Napoleão apareceu descrito nos meses antes de sua morte, e levou muitos a concluir que ele foi morto por envenenamento com arsénio. O arsénio era usado antigamente como um veneno indetectável se aplicado a longo prazo.
Em 2001, um estudo de Pascal Kintz, do Instituto Forense de Estrasburgo, na França, adicionou confiança a esta possibilidade com um estudo de um pedaço de cabelo preservado de Napoleão após sua morte: os níveis de arsénio encontrados em seu pedaço de cabelo eram de 7 a 38 vezes maiores do que o normal.
Cortar os pedaços do cabelo em pequenos segmentos e analisar cada segmento oferece um histograma da concentração de arsénio no corpo. A análise do cabelo de Napoleão indica que doses altas, mas não-letais foram absorvidas em intervalos aleatórios. O arsénio enfraqueceu Napoleão e permaneceu no seu sistema. Lá poderia ter reagido com mercúrio e outros elementos comuns em remédios da época, sendo a causa imediata de sua morte.
Outros estudos também revelaram altas quantidades de arsénio presentes em outras amostras de cabelo de Napoleão tiradas em 1805, 1814 e 1821. Ivan Ricordel (chefe de toxicologia da Polícia de Paris) declarou que se o arsénio tivesse sido a causa da sua morte, ele teria morrido anos antes.O arsénio também era usado na época em papel de parede, como um pigmento verde, e até mesmo em alguns remédios, e os pesquisadores sugeriram que a fonte mais provável de todo este arsénio seja um tónico para o cabelo. Antes da descoberta dos antibióticos, o arsénio também era usado (sem efeito) no tratamento da sífilis, levando à especulação de que Napoleão poderia estar a sofrer de sífilis. A controvérsia continua.
os restos mortais de Napoleão Bonaparte está no Hotel dos Inválidos que foi construído por Luíz XIV para abrigar os feridos de guerra e desabrigados. Hoje abriga a Dôme, onde Napoleão Bonaparte está enterrado, e vários museus, entre os quais o Museu das Armas localizados em Paris. 

links importantes para aprofundar o conhecimento 

documentário da disponível no youtube em 14 partes  





Documentário: Construindo um Império - Napoleão 5 partes History Channel


Bom estudos a todos